‘Em casa de uma família de Braga, que conhecemos recentemente, falou-se um pouco sobre as nossas origens. Por se falar de coisas antigas, veio à baila o dito ver Braga por um canudo e, na explicação, asseguraram-me que o tal canudo, de facto, existiu. Nunca ouvi tal coisa. Será que sim?’, escreveu-me Sandra Peixoto, da Cidade do Cabo, África do Sul.
Sobre o assunto há um texto alusivo no livro Coisas do Arco-da-Velha, mas não tenho a pretensão de pensar que a Sandra pudesse ter conhecimento disso. Daí que, com todo o prazer, aqui vai a cópia do que lá está escrito…
Antigamente todos os viajantes que se dirigissem para o norte do país, na sua maioria, desejavam visitar Braga e, naturalmente, através do penoso trajecto que eram as estradas na altura, sempre iam mostrando alguma ansiedade em chegar à cidade dos arcebispos (que, desde a época romana, ficava na rota de um dos mais importantes caminhos de peregrinação para Santiago de Compostela). E era por via dessa dificuldade que, conta-se com ar de troça, os almocreves do tempo, mesmo que não todos, usavam uma espécie de óculo de lata e vidro comum, com que se divertiam, afirmando aos fregueses, alugadores de jumentos para o caminho, que por tal aparelho se via muito bem a cidade, quando ela estava ainda bem distante. Daí o costume de se dizer, quando estamos bem longe de conseguir qualquer coisa desejada que ficamos a ver Braga por um canudo!…
Há, no entanto, quem garanta que essa frase vem de certo homem que aparecia pelas feiras e romarias com uma espécie de cosmorama (uma caixa com duas lentes em tubos de metal que se acertava aos olhos e ampliava vistas de terras ou figuras curiosas), também ditos caleidoscópios. O homem apresentava quase sempre desenhos de Braga, de onde era natural, e chamava-se Lourenço (tal como o bispo…). Daí teria nascido um outro dito – este, agora relacionada com o bispo – bem popular por todo o Minho e que se atribui, geralmente, a um espertalhão que não nos convence:
– Bem te conheço!… chamas-te Lourenço.
(porventura relacionada com outra, mais reduzida que diz és de Braga?…)
Conhece… ou quer que a apresente?, acrescento agora.
Então vá até És de Braga? E chamas-te Lourenço?…
(muitas coisas sabe a raposa)
Obrigado, amiga Olinda.
Sempre muito prazer na sua visita.
Abraço.
jorge
Não foi difícil resolver. Teria sido, porventura, uma das normais azias informáticas…
Abraço, amiga Justine.
jorge
Creio que não tardará que lhe indicarei oportunidade, novamente em Viana do Castelo.
Obrigado, amiga.
Abraço
jorge
Obrigado, amigo Pedro; é um prazer a sua visita.
Abraço.
jorge
É verdade, sim, Teresa, além do estar no livro, já havia sido publicado no velhinho Coisas do Arco-da-Velha, no Blogger; apenas este, tal como outros, pedem-me para os repor aqui, de já esquecidos que foram…
Obrigado, amiga
jorge
Olá, Jorge
É um grande prazer ler os seus escritos. Aqui e no seu interessante livro, “Coisas do Arco-da-Velha”.
Grande abraço.
Olinda
Finalmente consigo dizer-te do prazer de ler outro texto teu, estava a ver que tinha de comprar um novo computador!!!!
Vais portanto ter-me por cá sem grandes ausências, excepto no tal caso de força maior!!!
Forte abraço
Já sabia desde que comprei o seu Coisas do Arco-da-Velha. Tive muita pena não ter assistido à apresentação em Viana. Muitos parabéns por todo o seu interessante trabalho. Bem haja!
Maria F.
Com m grande sorriso li a sua crónica. Um abraço
Pedro
Do Coisas já conhecia, mas é sempre bom ler as coisas que vais encontrando e por aqui nos vais deixando.
Gosto muito!
Abraços.