sayonara

De todas as enunciações de despedida que já ouvi, a da língua japonesa é a mais bela, mais profunda e, especialmente, mais intensa.
O alemão auf wiedersehen, o au revoir e à bientôt, mesmo que dito pela Brigitte Bardot, o arrivederci italiano ou o inglês goodbye (que, na verdade, é uma corruptela de God be with youDeus esteja contigo ou te acompanhe), exemplos que se repetem em tantas outras línguas, não oferecem nenhum consolo para a mágoa ou dor na separação ou para aquele afogo, não da ausência, mas da vontade da presença.
O italiano ciao, que serve a chegada e a partida, reveste-se de nada, pouco menos do hebraico shalon (paz), do árabe mae es-salaam (vá em paz). O nosso passe bem é aceptico tal como o farewell do Shakespeare.
Sayonara não carrega dor nem estimula esperança. Não exprime inconformidade com a partida, não augura protecção divina na viagem, nem reprime ânsias de regresso.
Apenas aceita um facto. Todas as emoções contidas se contraem na compreensão do acontecimento. Porventura, sublima-se no adeus mudo que se manifesta na pressão de mãos amigas.

Já que tem de ser assim, é a tradução de sayonara.

os nomes


Quem nasceu, viveu ou muito cirandou pelos arribanceirados do Minho, aqui ou ali lhe apanhou peculiaridades tão próprias quanto, por vezes, estranhas e divertidas…
Olhe lá para a fotografia: que nome dá aquela rama do pinheiro? Pois!, agulhas.
E mais? Caruma? Certo! E mais, hã?!…

Quantos acrescentarão um ou outro nome? Poucos, muito poucos…
Ora, então, veja aqui comigo outros nomes que as agulhas do pinheiro têm para as gentes do Alto Minho. Eles são…
Argaço, agulheta, arguiço, branza, candeia, chamiço, carumba, cisca, carunha, caruma, fagulha, faúla, faúlha, fasco, fandango, feno, foupa, frangalho, fungalho, gravanha, gravalha, gravulha, irguiço, moanha, mavalhada, metano, mofo, molosso, munha, pinho, promisca, pruma, rapão, sama e sarafulha.
Eu que de cá sou, bem acredito ter esquecido – ou ainda não saber… – algum!