-É mulher, frita-me um ovo!
-É nã, homa, sã muita caros.
-Se no me fritas um ovo, morro.
-Um inda to frito, mas mai não.
-Ai, mulher, frita-me dois, sanã morro.
-Dois indo tos frito, mas mai nã.
-Ai, mulher, frita-me três, senã morro.
A mulher no quis e o homa morreu. Foram-no interrar e cando ia acaije ò pé de Sant’António, a mulher com rimorso foi lá cima da barrêra e gritou:
-É homa, alevanta-te e come-os todos!
O povo intendeu qu’era prós comer a eles e fugiram todos.
(contado por Ana Manivensa, de Monsanto, concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, em 1955; publicado em ‘Contos Populares Portugueses’)
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Obrigado por ter partilhado connosco esta delícia de texto!
Abraço,
Fernando Manuel
Gostei de toda a descrição,devagarinho elas lá vão fazendo as vontades !!!
Bom fim de semana
Bjs Zita
Bem fui seguindo blog’s…e parei no seu…Algo me chamou à Atenção. Bem ainda bem, Gostei imenso do que vi. E Obrigado por este Conto Popular.
Até Breve
Um Abraço Ilda Oliveira
Interessante registo do conto e do linguajar de sabor local.
Ficamos a aguardar novas coisas do “arco-da-velha”.
L.C.
Gostei da pronúncia e de como está transcrita. A história … é mesmo do arco da velha 🙂
Beijos
é o que se chama morrer ougado.
Gosto… imenso
dos
“teus” contos …
Bj
F.
Que bonito, não conhecia essa .. Um abraço.
Fantástico… gostei da “pronúncia”…
Bj ;))
assim perfilados, como soldados, não se deixariam apanhar pela mulher.
Maravilhoso conto,
onde se nota que as mulheres ás vezes dizem que não mas lá fazem as vontades ao homem,
e onde se nota que quando eles abusam elas não se deixam intimidar,
e onde se nota que quando elas sentem remorso eles é que ficam mal vistos,
abraço