A fonte é Gélio (Aulo Gélio, séc II d.C.): refere-se a alguém que, tendo adquirido superficialmente e de modo tosco algumas noções de gramática, exibe-as a todos, para esconder a sua ignorância. (como exemplo, serve à evidência, o inenarrável Conselheiro Acácio, personagem do livro Primo Basílio, de Eça de Queiroz).
A expressão atirar poeira aos olhos, com o sentido de induzir em erro, levar a crer no que não é verdadeiro – muito comum em todas as línguas europeias – não era assim tão difundida em latim: parece estar presente só em as Confissões de Santo Agostinho, enquanto em Plauto se tem, com o mesmo significado, glaucumam ob óculos obiciemus (faremos descer glaucoma sobre os olhos). Essa expressão também é registada por Erasmo nos seus Adagia.
A propósito, e por curiosidade, em italiano existe a expressão gettare fumo negli occhi (lançar fumo aos olhos).

Recomendaram-me vir aqui. Apenas duas ou três páginas são suficientes para perceber a importância.
Registei nos meus favoritos. Cumprimentos.
Por acaso não andarás a ler demasiadas notícias do país?
Agora lembrei-me do riso sardónico…
🙂
Quantas coisas interessantes se aprendem por aqui!
Esta página faz parte dos meus “Favoritos” e, por isso, está sempre à mão de um clique. Acontece que nem sempre fica o comentário.
Por favor, continue.
L.C.
já era para se protegerem disso, que os olhos têm pestanas.
beijo
para:
mentir.ludibriar.
poeira nos olhos…feio!!
uso, no entanto, corrente. ou será decorrente?
beijo 🙂
Muitas “coisas” há a aprender com os “antigos”.
Bom fim de semana
Bjs Zita